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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Características da educação no Brasil

As ideias que sustentaram a criação dos sistemas nacionais de ensino em quase todo o mundo chegaram ao Brasil de forma assistemática, desorganizado. Mesmo porque não havia uma configuração das forças políticas e sociais, no que tange à educação como um elemento importante para o País. A verdade é que não havia condições sociais e pedagógicas que estimulassem o desenvolvimento da nova forma de entender a escolarização. De um lado, havia uma preocupação com a formação cívica, nacionalista, e, de outro, um regime republicano que não empreendia esforços para enfrentar o problema educacional.
Desde então a problemática na educação vem sendo discutida e debatida, sem se chegar nunca a lugar nenhum. A causa do insucesso do aluno, que está na forma como a escola ensina e não na criança é um exemplo clássico deste legado maldito das primeiras políticas educacionais do Brasil. Várias justificativas para o fato de as crianças não se adaptarem à escola e abandonarem os estudos são publicadas todos os dias, contudo um panorama histórico de como foi à gênese de nossa educação cai no esquecimento ficando cada vez mais difícil entender o porquê de tantos problemas em nosso sistema educacional.
Muitos acreditam que isso acontece devido a carências afetivas, físicas, cognitivas dos alunos ou por eles virem de lares desfeitos, pais desinteressados, etc. O fracasso nos estudos, na maioria das crianças provenientes de meios culturalmente distintos daqueles valorizados pelo ambiente escolar, é decorrência da própria escola e não da vida pessoal do aluno, como diria Antônio da Costa Neto “[...] é preciso levar o educador a perceber o seu real papel em relação às pessoas, à escola, à sociedade, despertando, então, a sua capacidade de crítica interna. Compreender os fins ideológicos, não confessos e impostos por certa razão pedagógica interagindo em suas próprias fragilidades, superando a sua percepção até certo ponto ingênua”. Ou seja, a escola e também o professor precisam acolher o aluno e sua realidade sócio-cultural e não ficar engessados a uma liturgia pedagógica, como se fosse uma ação mágica onde todos aprenderão de igual modo, porque o educador democrático não pode negar-se o dever de, na prática docente, reforçar a capacidade crítica do educando, sua curiosidade, sua submissão.
Hoje em dia, há uma forte consciência de que a educação formal que uma criança recebe é mais que um benefício para ela e sua família, é fator indispensável para o desenvolvimento e a qualidade de vida do próprio país. Mas não é com palavras que se muda uma política educacional já desgastada é com ações. A causa do insucesso do aluno está na forma como a escola ensina e não na criança. Dados mostram que de cada cem crianças matriculadas no primeiro ano da educação fundamental somente cinquenta por cento chegam ao nono ano. Pesquisas na área educacional apontam que um terço dos brasileiros frequenta diariamente a escola. São mais de 2,7 milhões de professores e 59 milhões de estudantes matriculados em todos os níveis de ensino. Estes números apontam um crescimento no nível de escolaridade do povo brasileiro, fator considerado importante para a melhoria do nível de desenvolvimento de nosso país.
Por fim, considera-se a educação um dos setores mais importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para ser feito. A escola (Ensino Fundamental e Médio) ou a universidade tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social e muitas famílias tem investido muito neste setor. Por isso, a necessidade de políticas modernas, professores preparados e vocacionados, pois muitos que estão em sala deveriam estar em outro lugar, como diria Carlos Drummond de Andrade “Deus que livre você de um professor incompetente. [...] Deus que livre você de ficar passivo, ouvindo e repetindo. [...] Deus que livre você de decorar sem entender. [...] Deus que livre você de uma escola em que tenha que copiar pontos.”

Professor Nilton Carvalho é cabeleireiro, teólogo, historiador, especialista em educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás-(PUC), mestrando em Ciências da Religião pela Faculdade Teológica Moriah de Niterói-RJ. ndc30@hotmail.com; http://historiaeculturandc.blogspot.com/; http://reformaortografica2009puc.blogspot.com

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Fui vítima de abuso e preconceito religioso e político-partidário


Fui vítima de abuso e preconceito religioso e político-partidário
É triste, muito triste que em pleno século XXI, qualquer um de nós seja vítima de qualquer espécie de preconceito ou intolerância, quer seja racial, política, sexual ou religiosa, em fim, discriminação por qualquer que seja sua consciência, orientação, preferência etc., desde o século XV, as conquistas marítimas e o contato mercantil com a Ásia ampliaram o comércio e a diversificação dos produtos de consumo e também, a cultura na Europa, este rico contato trouxe ao ocidente várias diversidades culturais que associados aos valores greco-romanos que afloravam no velho continente naquele momento, vêm desde então dando aos dias atuais a sensação de liberdade e ao mesmo tempo, a sensação de que ainda estamos na Idade Média.
Com o aumento do comércio, principalmente com o Oriente, muitos comerciantes europeus fizeram riquezas e acumularam fortunas, devido o advento do capitalismo associado ao protestantismo, é bom lembrar que a religião sempre esteve intimamente ligada aos sistemas econômicos e aos modos de produção ao longo da história da humanidade. Com isso, eles dispunham de condições financeiras para investir na produção artística de escultores, pintores, músicos, arquitetos, escritores, atores, filósofos etc. e isso vêm desde então sendo praticado. Hoje, tanto Estado quando iniciativas privadas investem em cultura, política, esporte, arte e religião.
Os governantes europeus a partir do século XV e o clero passaram a dar proteção e ajuda financeira aos artistas e intelectuais da época. Essa ajuda, conhecida como mecenato, tinha por objetivo fazer com que esses mecenas (governantes e burgueses) se tornassem mais populares entre as populações das regiões onde atuavam algo muito comum hoje em dia, com certos setores da imprensa brasileira. Neste período, eram muito comuns as famílias nobres, encomendarem pinturas (retratos) e esculturas junto aos artistas. Essa era uma maneira peculiar de manipular, comprar e tornar cativa a vontade do artista.
Foi na Península Itálica que o comércio mais se desenvolveu neste período, dando origem a uma grande quantidade de locais de produção artística. Cidades como, por exemplo, Veneza, Florença e Gênova tiveram um expressivo movimento artístico e intelectual. Por este motivo, a Itália passou a ser conhecida como o berço do Renascimento cultural.
Para quem não sabe; nós somos frutos deste renascimento, por isso diria “sejam bem vindos à civilização greco-romana.” Mas uma pergunta é preciso: Onde está o nosso renascimento cultural se ainda não somos capazes de conviver com a diferença e com o diferente? É o que quero falar a partir de agora. O preconceito é uma idéia ou uma opinião negativa sobre um grupo de pessoas ou sobre determinado assunto, formada de modo precipitado, sem conhecimento profundo e reflexão necessária.
O preconceito leva à discriminação, à exclusão e à violência. A discriminação é o tratamento desigual às pessoas com direitos iguais, negando a elas as mesmas oportunidades. Uma discriminação pode ser sofrida por minorias étnicas, religiosas, grupos de tradições nacionais e culturais, ideologias políticas etc. a discriminação pode ser também, dirigida a idosos, mulheres, pessoas pobres, deficientes e de diferentes orientações sexuais. O pensamento preconceituoso e as atitudes de discriminação revelam e acentuam as desigualdades entre as pessoas. E, por isso, combater o preconceito e a discriminação é ajudar a construir uma sociedade democrática e igualitária, em que a felicidade coletiva seja uma realidade possível. A Constituição Federal, a lei máxima em nosso país, afirma que todos nós somos iguais perante a lei, não sendo admitidos preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação.
Também existem princípios éticos para prevenir a discriminação. A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) dispõe que “toda pessoa tem todos os direitos e liberdades (...), sem distinção alguma de raça, cor, sexo, idioma, religião, opinião política ou de qualquer outra índole, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição.” Com certeza, os religiosos que tentaram exorcizar-me por ser evangélico; marxista-heterodoxo e declarar minha preferência política em um almoço familiar dia 12/10/2010 nunca leram tais verdades. Por isso, onde está nosso renascimento cultural?

Professor Nilton Carvalho é cabeleireiro, teólogo, historiador, especialista em educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás-(PUC), mestrando em Ciências da Religião pela Faculdade Teológica Moriah de Niterói-RJ. ndc30@hotmail.com; http://historiaeculturandc.blogspot.com/; http://reformaortografica2009puc.blogspot.com

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

 ENADE 2010

O Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), que integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), tem o objetivo de aferir o rendimento dos alunos dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e competências. Desde, sua implantação pela Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004: Criação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior; Portaria nº 2.051, de 9 de julho de 2004 (Regulamentação do Sinaes) e Portaria nº 107, de 22 de julho de 2004 (Regulamentação do Enade), percebeu-se que houve grande avanço na qualidade da educação superior no Brasil, mas não só por parte dos discentes, mas principalmente, essa melhora aconteceu com o docente, que investe muito a partir de então em educação continuada (especialização, mestrado e doutorado).
          Todavia, o Enade é componente curricular obrigatório dos cursos de graduação, sendo inscrita no histórico escolar do estudante somente a sua situação regular com relação a essa obrigação. O objeto do Enade é avaliar o desempenho dos estudantes com relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos de graduação, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial, integrando o Sinaes, juntamente com a avaliação institucional e a avaliação dos cursos de graduação.
          O cronograma do Enade 2010 (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) sofreu alteração para ajustar-se às datas do ENEM 2010 (Exame Nacional de Ensino Médio). As provas, inicialmente agendadas para o dia 7 de novembro, passarão a ser aplicadas no dia 21 do mesmo mês, a partir das 13h. As modificações foram publicadas no Diário Oficial da União, em 3 de maio.
Nesta edição, o exame avaliará cerca de mais de 450 mil estudantes de 4,5 mil cursos. Serão avaliados os alunos dos cursos superiores conforme a Portaria Normativa nº. 5, de 22 de fevereiro de 2010, pelo Enade 2010, os cursos que conferem diploma de bacharel das áreas de Agronomia, Biomedicina, Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia, Fonoaudilogia, Medicina, Medicina Veterinária, Nutrição, Odontologia, Serviço Social, Terapia Ocupacional e Zootecnia; e os cursos que conferem diploma de tecnólogo em Agroindústria, Agronegócios, Gestão Hospitalar, Gestão Ambiental e Radiologia. Os dirigentes das IES são responsáveis pela inscrição de todos os estudantes habilitados ao ENADE 2010, no período de 02 a 31 de agosto de 2010, por meio do endereço eletrônico http://enade.inep.gov.br, segundo as orientações técnicas do INEP. Conforme disposto no art. 5º, § 7º da Lei nº. 10.861/2004, a não-inscrição de alunos habilitados para participação no ENADE, nos prazos estipulados nesta Portaria Normativa, poderá ensejar a suspensão temporária da abertura pela IES de processo seletivo para os cursos referidos no artigo 1º desta Portaria Normativa.
          É de responsabilidade dos dirigentes das IES divulgar amplamente, junto ao seu corpo discente, a lista dos estudantes habilitados ao ENADE 2010, antes do envio do cadastro dos estudantes ao INEP. O INEP divulgará, até o dia 20 de setembro de 2010, a lista dos estudantes que participarão no ENADE 2010, e até o dia 22 de outubro de 2010, os respectivos locais onde serão aplicadas as provas.
Por fim, o Enade contempla estudantes ingressantes que até o dia 2 de agosto tiverem concluído entre 7% e 22% da carga horária mínima do curso superior e os concluintes que tenham cursado pelo menos 80% da carga horária da graduação com previsão de formação no ano letivo de 2010. Para os cursos superiores de tecnologia, serão considerados ingressantes aqueles que tiverem concluído entre 7% e 25% da carga horária mínima do currículo. Os concluintes deverão ter cursado pelo menos 75% do programa. Estão dispensados da avaliação os estudantes que tiverem colado grau até o dia 31 de agosto de 2010 e aqueles que estiverem oficialmente matriculados e cursando atividades curriculares fora do Brasil na data de realização do exame em instituição conveniada com a instituição de origem do estudante.

          Professor Nilton Carvalho é cabeleireiro, teólogo, historiador, especialista em educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás-(PUC) e mestrando em Ciências da Religião. 
 ndc30@hotmail.com; 
http://historiaeculturandc.blogspot.com/; http://reformaortografica2009puc.blogspot.com