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terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

AVATAR: UMA GRANDE LIÇÃO DE RESPEITO AO OUTRO (II)

AVATAR: UMA GRANDE LIÇÃO DE RESPEITO AO OUTRO (II)


No dia 17/01/2010 o filme mais caro da história arrecadou os principais prêmios da 67ª edição do Globo de Ouro em Los Angeles realizada ao longo de um jantar no Hotel Beverly Hilton, esta foi à noite que consagrou "Avatar" definitivamente. O épico em 3D que vem fazendo história nas bilheterias recebeu dois prêmios, o de melhor filme-drama e melhor direção para James Cameron. Ao receber de Julia Roberts a última estatueta da noite, o cineasta deu um recado aos críticos de seu longa-metragem. "Este é o melhor emprego do mundo. Fazemos entretenimento para o público, e é disso que o Globo de Ouro precisa.” James Cameron não nos é muito popular como são os cineastas Steven Spielberg, George Lucas, Roberto Benigni, Jean-Jacques Annaud e nossos brasileiros Bruno Barreto e Walter Salles, a não ser o fato de que ele dirigiu Titanic, o filme de maior bilheteria da história do cinema e convenhamos por isso só ele já merece certo respeito, gostando alguém ou não do filme. Considerada a segunda maior premiação da temporada, o Globo de Ouro também premiou há 12 anos "Titanic", o trabalho anterior de Cameron, nas mesmas categorias, e o filme repetiu o feito no Oscar. A dobradinha pode acontecer de novo em 2010.
Cameron quis filmar essa história desde 1999, logo após Titanic, só que naquela época os efeitos especiais que ele desejava utilizar eram muito caros e o orçamento ultrapassou os $400 milhões de dólares! Nenhum estúdio em sã consciência gastaria uma fortuna dessas em um único filme. A maioria do filme (60%) é feita em computador usando captura de movimentos, animação gráfica etc. Cameron só teve certeza que a tecnologia já estava desenvolvida o suficiente para tornar o seu filme realidade quando viu o personagem de Gollum no filme do Senhor dos Anéis, em 2002. Todavia, na primeira parte deste artigo temos mais detalhes técnicos do filme a quem interessar é só ir no www.dm.com.br edição do dia 02/01/2010 página 14.

Doravante, vamos devagar pelo campo da hipótese e do transcendental, haja vista, a maioria dos seres humanos terem dentro de si algo que transcende o limite da experiência possível. E isso parece querer mostrar Cameron com a lição de respeito e amor à vida que os Na’vi nos dão. Eles adoram uma deusa (Owua), adoram a natureza e todos os seres, compreendendo a tudo e todos e aprendendo a senti-los. Quando um animal é morto para a alimentação, por exemplo, agradecem ao espírito dele por dar-lhes seu corpo. De uma forma surpreendente, as tecnologias avançadas do homem, robôs, naves, armas, são colocadas em contraste com a bela natureza de Pandora, plantas coloridas, belos animais, uma cultura voltada para sua deusa e para a natureza. Assim, é claro, qualquer um ficaria contra aqueles humanos destruindo a fauna e flora daquele planeta. O problema é: não pensamos como a situação se repete aqui, na Terra. Só que há poucos para lutar por ela.

O cerne do filme é como Cameron mostra a evolução tecnológica do ser humano, mas ele ainda continua como se estivesse habitando as velhas civilizações desalmadas e desumanas da antigüidade. A tecnologia avança a todo vapor, mas a moral humana parece retroagir aos tempos mais remotos da humanidade. Provavelmente inspirado por Deus (divago aqui) Cameron faz uma metáfora, mas deixando claro que será em um futuro longínquo ainda (pois Avatar se dá em 2156) dos prováveis “Avatares” que por aqui passaram e quiseram nos ensinar a amar e viver em sintonia com Deus, com a natureza e com o outro. Pois, em quase todas as crenças somos como em Avatar; somos espíritos que habitam um corpo corruptível por um determinado tempo, esse corpo é só uma casca. Esses “Avatares” foram os Filósofos gregos, Jesus Cristo, Zaratrusta, Mahatma Gandhi, Buda, Martin Luther King, João Paulo II, Alziro Zarur, Francisco Candido Xavier, Irmã Dulce, Madre Tereza de Calcutá, Zilda Arns etc., eles existiram e vieram a Terra com o firme propósito de auxiliar a humanidade rumo à evolução, esse evoluir estar explícito em Avatar. Ele começa com o novo mandamento de Deus à humanidade dado por todas essas pessoas que é “AMAR”.

Outros “Avatares” continuam aqui entre nós, tais como: José de Paiva Neto, Dalai Lama, Padre Zezinho, Frei Beto etc., nos ensinando uma melhor vida. No filme, os seres humanos atrasados e maus, levaram o terror, a dor e a morte para os Na’vi. Estes espíritos estão aqui na terra também, nos trazendo toda sorte de desgraças, eles habitam as nossas casas, empresas, ruas etc., são pessoas (espíritos) que trouxeram consigo dos mundos que habitavam às piores personalidades e condições morais que se imaginam. Olhem os realitys shows que estão passando ai nas nossas TVs, os criminosos que são presos todos os dias, quantas pessoas bizarras (não todos), sem princípios familiares, sem amor, depravadas, psicossomaticamente doentes, bem diferente daquilo que exige nossa evolução e do que propõe Avatar, pois, “Reparte o amor aonde fores: primeiro, na tua própria casa. Dê amor aos teus filhos, à tua mulher ou ao teu marido, depois na porta do vizinho. Que quem precise de ti saia melhor e mais contente. Seja a expressão viva da bondade de Deus; bondade em teu rosto, bondade em teus olhos, bondade em teu sorriso, bondade na tua amável saudação”. (Madre Teresa)





Nilton Carvalho é cabeleireiro, professor, teólogo, historiador e pós - graduando em educação pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC). ndc30@hotmail.com; http://historiaeculturandc.blogspot.com/

2 comentários:

Andy disse...

Sou professora do ensino religioso no ensino fundamental,sua sinopse aqui ficou maravilhosa.nem mesmo eu tinha visto o filme com esses olhos.Vou passar para meus alunos junto com esse texto.Muito obrigada pela ajuda.
Deus o abençoe!

Unknown disse...

Obrigado Deus a abençoe também, abraço.