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sábado, 2 de maio de 2009


Nazismo: uma doutrina a serviço do mal.

O termo Nazismo (do alemão: Nationalsozialismus) designa a política da ditadura que governou a nação alemã de 1933 a 1945. O nazismo é freqüentemente associado ao facismo, embora os nazistas dissessem praticar uma forma de nacionalismo totalitario e socialista (oposto ao socialismo da ex - União Sovietica). O nazismo era anticapitalista, antiliberal e racista. É sem duvida, um regime político de caráter autoritário que se desenvolveu na Alemanha durante as sucessivas crises da República de Weimar (1919-1933). Baseia-se na doutrina do nacional-socialismo, formulada por Adolf Hitler (1889-1945) que orienta o programa do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (NSDAP), algo muito diferente das idéias marxistas. A essência da ideologia nazista encontra-se no livro de Hitler, Minha Luta (Mein Kampf). Onde se mostra nacionalista, defensor do racismo, da superioridade da etnia ariana, negando as instituições da democracia liberal e a revolução socialista, apoiando o campesinato - em oposição aos russos que apoiavam os operários - e o totalitarismo, todavia, lutando pelo expansionismo alemão.
Tudo começa com o final da 1ª Guerra Mundial, além de perder territórios para Polônia, França, Dinamarca e Bélgica, os alemães são obrigados pelo Tratado de Versalhes ressarcir os países vencedores. Esse pesado fardo faz crescer a dívida externa e compromete os investimentos internos, gerando falências, inflação e desemprego em massa, sem contar que a soberania alemã não era mais à mesma. No entanto, uma nova classe emerge na sociedade alemã. Esta nova classe é composta por banqueiros, industriais, construtores, latifundiários, químicos, médicos etc., esta nova classe era composta de judeus da diáspora (dispersão de um povo por motivos políticos ou religiosos; era o caso dos judeus que fugiram de Jerusalém desde o primeiro século da era cristã, temendo os romanos). As tentativas frustradas de revolução socialista (1919, 1921 e 1923) e as sucessivas quedas de gabinetes de orientação social-democrata criam condições favoráveis ao surgimento e à expansão do nazismo no país.
Utilizando-se de uma propaganda de massa (comícios, desfiles, jornais, revistas, rádio e cinema), o partido nazista consegue mobilizar a população por meio do apelo à ordem e ao revanchismo. Em 1933 Hitler chega ao poder pela via eleitoral, sendo nomeado primeiro-ministro com o apoio de nacionalistas, católicos (100 deputados do Partido Católico, por recomendação do papa Pio XII à época ainda Cardeal, aderem ao Partido Nazista) e setores independentes. Com a morte do presidente Hindenburg (1934), Hitler torna-se chefe de governo (chanceler) e chefe de Estado (presidente). Nessa altura, a propaganda nazista já estava disseminada por toda a Alemanha e pelo mundo também. Hitler interpreta o papel de Führer, o guia do povo alemão, criando o 3º Reich (Terceiro Império), aqui começa a busca pela soberania militar e econômica da “nova Alemanha”, uma Alemanha contaminada pelo ódio e pelo preconceito. Era o fim da paz, do amor e da tolerância que raquiticamente eram construídos na Europa e no mundo. Tudo bem, que o nacionalismo nazista tinha lá suas razões, pois o povo alemão passava fome, possuía doenças, pagava juros altos aos bancos devidos principalmente à presença estrangeira (judeus, ciganos, russos etc.) que ocupavam seus trabalhos e suas terras. Coisas semelhantes vivem os bolivianos, equatorianos, colombianos, africanos mexicanos e por que não nós brasileiros com tantas explorações estrangeiras como juros bancários, privatizações de nossas estatais, a falta de terra para nosso povo, de moradia e de educação de qualidade. Contudo, cometer genocídio, invadir terras soberanas e propagar o ódio, fez com que os nazistas passassem dos limites de qualquer ideologia.
Com poderes excepcionais, Hitler suprime todos os partidos políticos, exceto o nazista; dissolve os sindicatos; cassa o direito de greve; fecha os jornais de oposição e estabelece a censura à imprensa e, apoiando-se em organizações paramilitares, SA (guarda do Exército), SS (guarda especial) e Gestapo (polícia política), implanta o terror com a perseguição aos ciganos, judeus, russos, homossexuais, dos sindicatos e dos políticos comunistas, socialistas marxistas e de outros partidos.
O intervencionismo e a planificação econômica adotada por Hitler elimina, no entanto, o desemprego e provoca o rápido crescimento industrial, estimulando a indústria bélica e a edificação de obras públicas gigantescas pelas quais queria ser lembrado, além de impedir a retirada do capital estrangeiro do país. Esse crescimento deve-se em grande parte ao apoio dos grandes grupos alemães, como Krupp, Siemens e Bayer, a Adolf Hitler.
Desrespeitando o Tratado de Versalhes, Hitler reinstitui o serviço militar obrigatório (1935), remilitariza o país e envia tanques e aviões para amparar as forças conservadoras do general Franco na Espanha, em 1936. Nesse mesmo ano, cria o Serviço para a Solução do Problema Judeu, sob a supervisão das SS, que se dedicam ao extermínio sistemático dos judeus por meio da deportação para guetos ou campos de concentração. Anexa a Áustria (operação chamada, em alemão, de Anschluss) e a região dos Sudetos, na Tchecoslováquia (1938). Ao invadir a Polônia, em 1939, dá início à Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o ódio nazista se espalharia pela face da Terra.
Terminado o conflito, instala-se na cidade alemã de Nuremberg um Tribunal Internacional para julgar os crimes de guerra cometidos pelos nazistas. Realizam-se 13 julgamentos entre 1945 e 1947. Juízes norte-americanos, britânicos, franceses e soviéticos, que representam as nações vitoriosas, condenam à morte 25 alemães, 20 à prisão perpétua e 97 a penas curtas de prisão. Absolvem 35 indiciados. Dos 21 principais líderes nazistas capturados, dez são executados por enforcamento em 16 de outubro de 1946. O marechal Hermann Goering suicida-se com veneno em sua cela, pouco antes do cumprimento da pena. Ainda existem de 400 a 500 pessoas procuradas por crimes ocorridos há seis décadas, criminosos como o doutor morte (Aribert Heim), que hoje possui 94 anos e mora segundo informações, em São Carlos de Bariloche Argentina. O maior problema não é localizar essas pessoas, mas sim fazer com que respondam por seus crimes. Nos últimos 5 anos, 503 criminosos nazistas foram localizados, mas apenas 99 respondem a processos.
Em suma, gostaríamos de ver o povo brasileiro inflamado pelo sentimento de nacionalismo e civismo como tiveram os alemães. Contudo, buscando melhores oportunidades para si mesmo, como por exemplo, exigir do governo brasileiro a estatização das empresas privatizadas, a expulsão de instituições estrangeiras que exploram nosso povo e uma reforma agrária justa, pois nosso povo precisa de educação, paz, terra, segurança, dignidade, soberania e pão. Precisamos de um Brasil somente nosso.


Professor Nilton Carvalho é Cabeleireiro, Teólogo, Historiador e Pós-Graduando em Docência Universitária pela Universidade Católica de Goiás. ndc30@hotmail.com

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